domingo, 26 de janeiro de 2020

Opiniões alheias

Eu lembro exatamente do dia em que eu criei meu canal do youtube, já fazia um tempo que eu queria gravar vídeos, quando eu pedi a minha mãe ela não ligou muito, então eu meio que esqueci um pouco dessa ideia, até que um tempo depois uma amiga criou seu canal e postou o primeiro vídeo, eu achei incrível e pedir a minha mãe outra vez e ela deixou, no mesmo dia eu gravei dois vídeos: um mostrando as maquiagens que eu tinha na época e outro respondendo uma TAG, a qualidade estava horrível e não tinha nenhuma edição, mas eu me divertir muito gravando e publicando, com o tempo as coisas foram ficando um pouco melhores, fui amando fazer aquilo e sempre me divertia gravando e acabou se transformando uma válvula de escape, era aquilo que me davam momentos felizes em dias tristes, era uma das minhas “luzes no fim do túnel”, mas certo momento essa luz se apagou e o que deveria ser uma válvula se transformou em um gatilho. Eu comecei a sofrer bullying na escola, fiz merda e usaram meu canal como uma forma de “vingança”, riam de mim e da forma como eu falava, tentavam me imitar e ate pediram a uns meninos para me hackearem, eu tive que parar e tornar meus vídeos privados, porque eu não aguentava mais, por mais que eu tentasse fingir que não ligava e tentasse parecer forte na frente deles, aquela situação me machucava muito. Eu tive que parar com algo que amava porque aquilo estavam criando uma ferida  em mim que todos os dias ela e eles faziam questão de tirar o curativo e cutucar mais.
Uma vez eu estava conversando com minha mãe sobre meu canal e ela me fez a seguinte pergunta “quantas vezes mais você vai desistir de algo que gosta por causa da opinião de outras pessoas?” (ela me falou mais outras coisas que eu não lembro, mas se ela lembrar vou pedir para escrever aqui: "Não se importe com que os outros falam, muitos têm inveja de você e da sua coragem. Eu queria ver eles fazendo o mesmo que você faz".) Esse questionamento me fiz pensar bastante em todas as vezes que eu desistir de algo que gosto ou amo, porque me preocupava com a opinião das pessoas. Há 3 anos, publiquei o ultimo vídeo no canal, eu já pensei bastante em voltar, inclusive é uma das metas que eu tenho para esse ano, publicar pelo menos um vídeo no meu canal do youtube, mas infelizmente ainda me importo demais com a opinião das pessoas sobre mim e  acho que no fundo eu tenho medo de que tudo volte e eu fique mal que nem da outra vez, mas eu tenho que superar isso para meu próprio bem, caso contrário,  vou me privar de coisas que fazem estar viva valer a pena .
Vocês que pouco se importam com as pessoas e suas opiniões, por favor, me ensinem como faz isso, preciso muito aprender, com certeza vai mudar a minha vida.
Uma dica de uma pessoa insegura que está tentando aprender como não se importar tanto: Toda vez que alguém estiver fazendo bullying, fazendo as famosas brincadeirinhas sem graça ou até mesmo ciber-bullying, ela está infeliz consigo mesma e faz isso porque acha que vai se sentir melhor e  porque ela acha que te fazer mal vai tirar o grande vazio que existe nela.

E uma dica para os praticantes: Até a pessoa  pedir sua opinião você não tem direito nenhum a dar, principalmente se for deixar alguém triste, guarde para você e sua mente, se quiser algo a mais, escreva e depois jogue fora (de preferência, um papel já usado ou que você já ia jogar fora mesmo).

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Homens

Há um tempo atrás eu estava conversando com uma amiga sobre como ficamos incomodadas quando passamos por um grupo de homens, mas eu percebi que para mim é muito mais que só passar perto de um grupo, eu me sinto incomodado em simplesmente estar perto de um homem. Antigamente eu não me importava muito com isso, eu vivia perto de garotos, vivam brincando com eles, mas hoje em dia parece que eu criei um tipo de medo, talvez parte disso seja culpa de law and order (UVS), eu adoro assisti essa série e apesar de ser só uma série, sabemos que a maior parte dos casos são reais e realmente aconteceram na vida de alguma pessoa.
Eu tenho um primo que toda vez que ele me ver, ele me abraça, nada de anormal, certo? Errado, antigamente para mim isso seria uma coisa normal e nada estranha, mas hoje em dia isso mudou; o que é meio idiota já que do jeito que eu ando ver que tem alguém que se importa comigo é uma sensação tão boa, porém, toda vez que ele esta vindo em minha direção parece que meu corpo já se prepara para o que vai acontecer e cria um tipo de barreira de proteção. A minha mente gosta quando ele vem até mim e me abraça, porque apesar de ser um gesto simples para alguns é algo importante para mim, mas meu corpo odeia que qualquer garoto toque nele ou olhe para ele, eu sinto uma sensação de medo, sabe? Como se algo de ruim fosse acontecer.
Por que eu estou escrevendo isso? Sinceramente eu não sei, mas hoje eu passei por uma pessoa que eu costumava falar antes e minha única reação foi não falar nada e correr para dentro de casa e isso me fez pensar em quantas vezes eu já sair do ambiente que eu estava porque me senti incomodada com a presença de algum menino. A única exceção desse meu incômodo é meu irmão que tem 10 anos, fora ele qualquer um me deixa incomodada, até mesmo meus tios que eu tenho uma relação até que boa.
Então, aqui fica meu questionamento para vocês (ou para mim mesma do futuro já que como eu mesma falei anteriormente eu provavelmente sou a única pessoa que deve está lendo isso): quantas vezes você já se sentiu incomodada na presença de um homem? Quantas vezes você já atravessou a rua ou mudou seu caminho porque tinha um grupo de caras e você não queria passar por eles? 
                                                                                                                                     -31/10/2019


quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

MY LIFE

Você já teve a sensação de que não existe um lugar para você, ou que você é o figurante da sua vida?
Às vezes, eu sinto que minha vida está passando e eu estou apenas a observando, deitada na minha cama e chorando, como quando eu assisti algumas séries, tipo em Anne with an E ou na morte dos Starks no casamento vermelho em Game of Thores (sim, eu chorei bastante nessa parte, não pelo fato deles terem morrido e sim pela cena em si) ou em vários filmes como O extraordinário ou nas cenas de Heitorina e nas da Anabel, Bella, Aurora, Sophia, Christian, da Catarina (solo) e quase todos os personagens dos cinco livros sobre as meninas. Eu tento mudar isso, tento levantar da cama, acordar para vida e voltar a ser a protagonista da minha série, mas eu não consigo. Às vezes, eu até consigo por alguns dias e fico toda confiante achando que tudo vai voltar a ser como antes, no tempo que eu mais sorria do que chorava, quando eu corria e brincava mais do que ficava deitada na cama ou no sofá, e não me entupia de comida até minha barriga doer de tão cheia, porque essa era a maneira que eu achava para me acalmar depois de uma crise de raiva ou choro, mas nada resolvia, voltava à mesma condição de antes e todas as esperanças iam para o ralo a baixo.
Minhas amigas dizem que eu sou forte pelo fato de estar conseguindo aguentar isso por tanto tempo, mas será que eu realmente sou forte? E por quando tempo mais eu vou conseguir aguentar isso? E se eu escorregar outra vez e dessa vez eu não receber outra chance? Outras pessoas próximas a mim dizem que eu estou passando por toda essa dor porque o futuro me reserva algo maravilho, eu realmente espero que isso seja verdade, porque eu já não consigo mais ver um futuro para mim, o que é meio irônico já que eu criei praticamente todo meu futuro num universo paralelo.
Na história da Anabel durante todos os anos que ela morou no vale dos lobos, ela sentia que não pertencia aquele lugar, mesmo depois que foi para a sociedade o sentimento não parou, só parou quando ela foi para os tecas, aquele era o lugar que ela pertencia, aquele era o povo dela, mas em compensação ela teve que deixar tudo de lado, todas as pessoas que ela amava. Eu fico pensando e se for o mesmo comigo, e se para eu achar o lugar a qual eu pertenço eu precise lagar tudo (ok que eu não tenho nada, então não seria a coisa mais difícil do mundo) e mudar completamente minha vida. Será que é por isso que eu não consigo melhorar, porque eu tenho medo da mudança e já estou me acostumando com toda a dor que venho sentindo? Isso é tão idiota, mas será que eu que eu não consigo melhorar e passar de fase porque eu estou com medo do que vem depois, com medo que venha mais sofrimentos e uma dor que eu não consiga de jeito nenhum suportar e acabe desistindo e não recebendo as 2ª chances que eu recebi. Acabei de perceber que isso não tem muito a ver com a história na Ana, mas não vou tirar aquela parte não, porque ela me fez chegar a essa conclusão sobre mim.
                                                                                                                                    -14/12/2019